lunes, 30 de noviembre de 2009

Nossa Senhora de Coromoto




Rainha majestosa, mas muito acessível e misericordiosa.

O trono e a base da imagem de Nossa Senhora de Coromoto* combinam-se de modo muito feliz. O trono, com o espaldar alto e a curva em cima, faz sentir muito a elevação de Nossa Senhora, dando a idéia de que Ela tem a inteira noção da própria majestade. A base, bem calculada para dar idéia de proximidade, tem uma proporção muito amena, numa altura acessível a todos.

A imagem é de mármore branco, mas de uma alvura tal que se diria que é feita de uma matéria nívea que não é da Terra. Essa brancura significa uma transparência da essência divina e extraterrena. Embora Nossa Senhora não tenha essência divina, está penetrada da graça de Deus.

À luz do dia, tem-se a impressão de que o mármore reflete a alvura; à luz da noite, de que a alvura habita como uma luz interna dentro da matéria, com eflúvios de luz em seu interior.

A própria representação psicolóica de Nossa Senhora é imaculadíssima, toda feita desse níveo habitando n´Ela e Ela morando num Céu níveo, onde todas as coisas seriam níveas.

A primeira nota de majestade e grandeza que d´Ela emana é a participação num outro mundo, e que A coloca fora de comparação com qualquer coisa. A atitude é de muita calma, de quem está se sentindo perfeitamente bem onde está; e não conta o tempo, disposta a passar séculos sentada aí. É o que se poderia chamar de felicidade de situação.

O olhar e uma pequena propensão da cabeça dão a entender que Ela é toda atenção. Ela dá a impressão de que tem uma dupla atenção: uma para os valores internos e celestes d´Ela; e outra atenção para quem está à sua frente, e para quem Ela é solícita: “Eu tenho misericórdia. O que você quer?”.

A majestade da imagem representa a consciência de governo e o senso de ver as coisas no seu conjunto. Ela tem a visão superior das coisas, sabe como elas se compaginam e sabe como mandar, para que andem direito. Esse direito de mandar se exprime na relação d´Ela com o Menino Jesus. Ela o segura como quem manda, mas por outro lado Ela o aponta, como quem diz: “Se vocês querem me agradar, olhem para Ele, porque eu vivo para Ele”.

De maneira que, ao mesmo tempo, Ela manda n´Ele, que é o primeiro dos súditos d´Ela, e Ele é o cetro d´Ela; mas Ela é o trono d´Ele, no qual Ele se senta como num trono digno d´Ele. Assim, Ela realça a majestade d´Ele.

Excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira
em 5 de janeiro de 1975. Sem revisão do autor.

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